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"E se não morreram, viveram felizes até hoje, diz o conto de fadas. O Conto de fadas, que ainda hoje é o primeiro conselheiro das crianças, porque foi outrora o primeiro da humanidade, permanece vivo, em segredo, na narrativa. O primeiro narrador verdadeiro é e continua sendo os contos de fadas." (Walter Benjamin)

domingo, 31 de março de 2013

Quando as palavras viram remédio - Jornal da Unicamp

Olá, desta vez segue matéria que o jornal da UNICAMP fez sobre minha trajetória como contadora de histórias e um pouco sobre meu percurso rumo à Biblioterapia.

Quando as palavras viram remédio para os pequenos pacientes do HC

Secretária do Departamento de Informática do hospital
sonha ser biblioterapeuta





Elaine guardou por um tempo a veste da Nani Encantadora, mas faz planos de usá-la daqui a dois anos, quando concluir o curso de filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Enquanto o diploma não chega, Elaine Moraes fica com a imagem da personagem e seus pequenos espectadores da enfermaria de Pediatria do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, que, por muitas vezes, ajudaram a contar o final da história. A história de seis anos diante de semblantes transformados a cada palavra de um texto conduziu a secretária do Departamento de Informática do HC a uma nova forma de ajudar as pessoas: a biblioterapia. Agora, aquela Nani da ONG Griots, grupo com compromisso de levar leitura a pacientes do HC, debruça sobre as palavras de velhos conhecidos de seus repertórios, os filósofos, para transformar palavras em remédio.
Há indícios de que já no Antigo Egito, o Rei Rammsés mandou inscrever na fachada de sua biblioteca a frase: "Remédios para alma". De acordo com dados adquiridos nas inúmeras leituras de Elaine, o mesmo é encontrado na Idade Média. Na entrada da Biblioteca da Abadia de São Gall, por exemplo, estava escrito: "Tesouro dos remédios da alma". “Eles faziam assim na Antiguidade. Tentavam amenizar os problemas das pessoas com as palavras, enquanto os médicos tratavam as doenças.”
O aprofundamento em psicanálise dos contos de fadas também foi importante em sua decisão de se tornar uma biblioterapeuta, como os filósofos de outros tempos. “Os médicos cuidam do corpo e os filósofos, da alma.” Ela relata que antes da psiquiatria, a biblioterapia ficava a cargo desses pensadores, pois quando as pessoas tinham alguma doença os procuravam para se orientar sobre a melhor decisão. “E o que os filósofos receitavam? Palavras.”

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