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"E se não morreram, viveram felizes até hoje, diz o conto de fadas. O Conto de fadas, que ainda hoje é o primeiro conselheiro das crianças, porque foi outrora o primeiro da humanidade, permanece vivo, em segredo, na narrativa. O primeiro narrador verdadeiro é e continua sendo os contos de fadas." (Walter Benjamin)

terça-feira, 31 de março de 2015

Educar é difícil mas é doce

Neste último dia 25 de março Nani e João Crisóstomo juntaram as vozes no projeto "Educar é difícil, mas é doce". A primeira Escola foi a Municipal Anália Oliveira Nascimento, Bairro Bom Retiro, Sumaré - SP.


As crianças que vivem em nosso tempo estão em sofrimento. Vemos crianças sofrendo de depressão, agressividade, transtornos de atenção. Na maioria das vezes, quando pais e professores não conseguem lidar com a criança, ela é considerada um problema. Então algumas são medicamentadas com drogas que amordaçam a sua criatividade e as tornam dependentes. Às vezes elas tem de frequentar inúmeras sessões de psicoterapia que cristalizam os seus sintomas, ou quando não elas são desinvestidas, ou seja, são desacreditadas em suas capacidades e acabam por não desenvolver suas potencialidades. 
Segundo a psicanálise de Maud Manoni e Francoise Dolto, a criança que sofre é sintoma dos pais, ou seja, deve-se em primeiro lugar ajudar os pais para que o filho deixe o sofrimento e ganhe autonomia. Nesse sentido, criamos essa palestra a fim de abrir a discussão no espaço escolar, para pensarmos o mundo que é oferecido às nossas crianças. A qualidade do relacionamento dos pais e dos adultos que assistem à criança incide em sua formação psíquica. Além disso é preciso pensar que nossas crianças estão expostas a altas doses de erotização pela mídia e que iniciam no ciclo vicioso do consumismo cada vez mais cedo e tudo isso sem limites, pois não sabemos mais conduzir esse barco. Mas, não podemos correr o risco de fazer experiência com as crianças. Em todo os lugares do mundo elas estão passando por isso. Elas tem o direito de crescerem saudáveis e preparadas para viver autonomamente no mundo, seguindo seus sonhos de realização. E tem o direito de ter um infância digna de ser lembrada saudosamente quando forem adultos. 
É grande o conflito entre a escola e os pais. No meio disso tudo, quem deve educar a criança? A família ou a escola? Nesse jogo de quem é a responsabilidade, quem sofre é a criança. Então o que fazer? Quem vai resolver? É como o momento da história de Claúdio Thebas, quando a mãe desabafa: "Será que ninguém nessa casa vai tomar alguma atitude?". 
Compreender um pouco sobre o narcisismo dos pais dos dias atuais, a culpa sentida por passarem muito tempo longe dos filhos, e a grande diversidade de formas de se terceirizar a educação dos filhos é essencial para identificarmos alguns pontos que devemos melhorar como adultos responsáveis pelas nossas crianças. Claro que alguns problemas estão bem além dessa exposição deste blog, ultrapassando a fronteira do familiar, indo para problemas da estrutura social, de falta de políticas, da grande injustiça para com a função do professor que é mal remunerado e sem reconhecimento, somado a isso a ideologia consumista que deturpa e destrói aos poucos o lugar de excelência na educação dos filhos que é o lar. 
Então, nessa história entrei com Filosofia, Psicanálise e a brilhante História do Menino que Chovia, junto com as palavras de meu amigo João que é um palestrante iluminado, já bem conhecido na comunidade de Sumaré, Hortolândia, Chile, Argentina, Espanha e acho que todo lugar do mundo, iniciamos esse projeto de cidadania em benefício das crianças que não são problemas. Elas só querem crescer em graça e sabedoria. 

Por: Elaine Cristina Villalba de Moraes

Abaixo, alguns momentos desse evento que contou com a participação de pais, filhos, professores e alunos da Escola.  

Menino que chove é menino que sofre.

Vereador Populina, Prof.João, Profª. Silvanira, Dra. Paula e Nani 

Levar a luz com palavras é dever de Filósofo.

A arte de ser pais. 

O público presente muito atento!


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"As infinitas maravilhas do Universo são a nós reveladas na medida exata em que nos tornamos capazes de percebê-las. A agudeza da nossa visão não depende do quanto podemos ver, mas do quanto sentimos". (Helen Keller)